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Terapia de Grupo: Grupo de Apoio Psicoterapêutico - GAP

É de grande destaque na Abordagem Centrada na Pessoa - ACP, de Carl Rogers, a sua contribuição no que se refere aos trabalhos em Grupo Terapêutico. O tempo e espaço dos grupos terapêuticos permitem que as expressões emocionais venham à tona, emergindo naturalmente e ficando sujeitas às reações de todos os participantes do grupo. Permite, também, que cada pessoa seja ela própria, em busca de um encontro profundo e verdadeiro consigo mesma.

 

Esses grupos de encontro caracterizam-se por um clima de segurança tal, que incentiva a expressão dos sentimentos mais genuínos e reações imediatas por parte do grupo. Além disso, são capazes de trazer resultados efetivos na vida das pessoas que deles participam.

 

O psicoterapeuta responsável cuida do bom andamento do processo como um todo, ou seja, procura estabelecer um ambiente relacional aberto e menos defensivo, harmoniosamente integrado, mesmo em situações conflitivas, sem perder o foco dos objetivos propostos.

 

Os resultados positivos nas experiências de crescimento em grupos terapêuticos são qualitativamente enormes. Podemos citar alguns:

  1. Cada vez que o grupo demonstra afetuosamente que aceita e tolera sentimentos negativos sem rejeitar a pessoa que os expõe, os membros do grupo tornam-se mais confiantes e abertos uns com os outros.

  2. Um número significativo de pessoas relata suas experiências de aceitação nos grupos como sendo as mais positivas e empáticas de suas vidas.

  3. A experiência de grupo leva uma pessoa a tomar consciência de novos aspectos de si mesmo e de sua vida. Esta aceitação e tomada de consciência de si é, para Carl Rogers, o começo da subsequente mudança de comportamento.

Uma abordagem experimental de uma participante de um grupo de encontro de nome Maria Luiza: (COPPE, 1998)

 

Fazer grupo é...

Encontrarmo-nos mergulhados em tanto sofrimento e descobrir que ainda se tem muito para doar.

Trocarmos experiências doloridas que embora na mais profunda singularidade, encontram semelhanças na dor do outro

Encorajar-nos a abrir o coração, já tão amedrontado e deixar sair o que se tem de mais reservado.

Conseguir crescer, descobrir que se tem forças para erguer-se.

Encontrar pessoas capazes de nos estender as mãos, os corações e até mesmo os próprios corpos para nos ajudar a alçar voo.

Olhar para os rostos frágeis, de olhares vermelhos banhados de sal e entender que todos somos pessoas em busca de afeto, de compreensão, de ajuda, de aceitação.

É descobrir-se possível, saber-se capaz, aceitar-se humanamente pessoa.

Flor amarela

“Um grupo de encontro fornece, acima de tudo, uma situação em que as pessoas se reuniram na esperança de corroborar sua crença em que podem ambicionar dignidade e valor umas para as outras, e interatuar de tal modo, que se desenvolva o potencial de cada participante. O ser individual é descoberto e criado através da interação com o grupo.”

Grenning

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