“Em muitas culturas muçulmanas, quando você quer perguntar como alguém está, você pergunta: em árabe, ‘Kayf haal-ik?’ ou, em persa, ‘Haal-e shomaa chetoreh?’ Como está o seu haal?
O que é esse haal sobre o qual você pergunta? É o estado transitório do coração de uma pessoa. Na verdade, estamos perguntando: ‘Como está o seu coração neste exato momento, nesta respiração?’ Quando pergunto ‘Como você está?’, é realmente isso que quero saber.
Não estou perguntando quantos itens estão na sua lista de tarefas, nem quantos e-mails estão na sua caixa de entrada. Quero saber como está o seu coração, neste exato momento. Diga-me. Diga-me que seu coração está alegre, que seu coração está doendo, que seu coração está triste, que seu coração deseja um toque humano. Examine seu próprio coração, explore sua alma e, então, me diga algo sobre seu coração e sua alma.
Diga-me que você lembra que ainda é um ser humano, não apenas um ser que faz. Diga-me que você é mais do que apenas uma máquina, marcando itens em uma lista de tarefas. Tenha essa conversa, esse olhar, esse toque. Seja uma conversa que cura, cheia de graça e presença.
Coloque sua mão em meu braço, olhe nos meus olhos e conecte-se comigo por um segundo. Diga-me algo sobre seu coração e desperte o meu. Ajude-me a lembrar que eu também sou um ser humano completo, um ser humano que também deseja um toque humano.” (Omid Safi, A Doença de Estar Ocupado)
Foto e texto: César Santiago
Ana Maria Favero Martin
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